Com Milei sob pressão, títulos argentinos caem ao menor nível em 1 ano

Caos nos mercados. Títulos da dívida da Argentina despencam e o peso cambaleia. O governo de Milei perde o controle do país?

NOTÍCIA

9/20/2025

Pânico nos mercados: Títulos da dívida afundam ao menor nível em 1 ano

Os mercados já não acreditam em Javier Milei. O que deveria ser um triunfo se transformou em um pesadelo. A promessa de uma base legislativa sólida se desvaneceu, e os investidores estão fugindo da Argentina em uma onda de vendas que não se via há quase um ano.

A notícia é brutal: os títulos da dívida externa da Argentina registraram as maiores perdas entre todos os mercados emergentes. Após cinco semanas consecutivas de queda, os títulos com vencimento em 2035 despencaram para seu menor nível em um ano, fazendo com que seu rendimento disparasse para acima de 16,9%.

O golpe final para a credibilidade de Milei veio do Congresso. Em uma humilhante derrota legislativa, os deputados anularam dois de seus vetos a projetos de lei que elevam gastos. Isso, somado a uma economia em retração e uma série de escândalos, fez com que os investidores se desfizessem de seus ativos argentinos, convencidos de que o presidente não tem o poder político para levar a cabo suas prometidas reformas.

E o pânico não para por aí. A crise atingiu diretamente o peso. O Banco Central precisou intervir vendendo US$ 53 milhões para evitar que a moeda oficial afundasse de vez, uma medida desesperada que mostra a fragilidade do atual regime cambial. Com o peso oficial no limite de sua banda de flutuação, analistas alertam sobre o risco de um colapso total.

A combinação dessa pressão cambial e da derrota política só aumenta o terror. Especialistas alertam sobre o risco iminente de uma perda maciça de reservas ou, pior ainda, de um abandono desordenado do regime cambial. Será que Milei conseguirá conter a tempestade ou a Argentina está a caminho do abismo?

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